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Uma delegação do PCP que integrou João Oliveira, Presidente do Grupo Parlamentar do PCP reuniu com a Administração do Hospital Espírito Santo de Évora (HES), no dia 2 de Março.
João Oliveira fez o balanço da reunião onde salientou que “confirmámos nesta reunião aquilo que temos vindo a dizer há bastante tempo: o Governo tem imposto na política de saúde condições que condenam os portugueses à morte antecipada.
O Serviço Nacional de Saúde (SNS) e o funcionamento das instituições de saúde, as limitações impostas, a nível orçamental e na contratação de recursos humanos, nomeadamente, médicos, impedem estas instituições de ter os meios necessários para responder às exigências, apesar do esforço que os profissionais de saúde, quer médicos, quer enfermeiros, técnicos de diagnóstico e todos os outros profissionais. Por exemplo as limitações em relação à contratação de médicos são flagrantes. Hoje vivemos no interior do país, e Évora, obviamente, não é excepção, uma situação de limitações de contratação, nomeadamente de médicos, que impede os serviços de terem os recursos de que necessitam. O Governo tem repetido, à saciedade, aspectos que têm que ver com o regime de incentivos e nós confirmámos hoje, uma vez mais, que não há regime de incentivos. Os hospitais do interior estão a ser prejudicados porque não conseguem fixar no interior os médicos de que necessitam para as necessidades existentes. A imposição do Governo do recurso à prestação de serviços, por via da contratação de empresas de trabalho temporário, com recurso à central de compras, deixa as urgências sem os médicos necessários porque as empresas não se responsabilizam pela colocação de médicos o que constitui uma grave limitação ao funcionamento dos serviços de saúde e ao acesso das pessoas a esses serviços”.
O deputado João Oliveira referiu que, em Évora, junta-se outro problema que é o “do adiamento das decisões da construção do novo hospital, quer pelo anterior Governo do PS, quer pelo actual Governo do PSD/CDS, colocam limitações ao funcionamento do hospital, que já são hoje complicações muito significativas e com riscos futuros imprevisíveis de avaliar em toda a sua extensão”.
Continuou afirmando que “vamos continuar a insistir na Assembleia da República para que o novo hospital de Évora seja construído. Os problemas de internamento que existiram este inverno no chamado “pico da gripe”, com doentes nos corredores da urgência, poderiam ter sido evitados com o novo hospital, dado que o actual tem mais de quarenta anos”.
Em conclusão João Oliveira disse que “as carências do hospital são dramáticas e são disso exemplos, os médicos que existem serem pouco mais de metade dos médicos necessários, 160 dos 280 que as avaliações da ARS e da ACES referem e as carências a nível da cirurgia vascular e da neurocirurgia, serviços de que o hospital de Évora deveria dispor, dado tratar-se de um hospital central e que, por adiamento da construção do novo hospital, empurrando os doentes para Lisboa”.